04/09/2007

As inevitabilidades da Vida

Quero que fique claro, as entradas que aqui faço, não são objecto de qualquer consulta, nem são retiradas de nenhum livro.

São impressões que saem de dentro de mim, que estão enraizadas em mim e são significativamente aquilo que eu penso, sobre este acto simples de estar encarnado.


Poderia anunciar-me predestinado ou escolhido e afirmar que "alguém exterior a mim" me ditaria o que escrever. Naturalmente que o não faço, embora existam exemplos disso mesmo, embora, infelizmente, não esteja convicto seja o meu caso.

Recordo os meus tempos de primeira infância e do meu espanto de me olhar no espelho com estranheza.

Refiro sempre este detalhe aparentemente insignificante, quando falo com alguns amigos sobre estas coisas da Fé, ou se se quiser dum certo tipo de Fé, a minha e as minhas convicções.


Como poderei interpretar essa estranheza de me olhar no espelho ?

Durante a maior parte da minha vida não tinha encontrado explicação para isso, mas o certo é que, mesmo assim essa impressão nunca me largou e quando o caminho da Verdade se me revelou, acentuou-se esse tal recordação, muito embora, hoje já com uma explicação óbvia e bem simples, me pareça bem evidente o que antes não tinha explicação.


Naturalmente que o que eu achava estranho era o reconhecimento de mim próprio neste corpo.

Algo em mim se reconhecia noutra carapaça, noutra armadura que não a que se apresentava ao espelho na actualidade, certamente por já ter tido outro invólucro.


Claro que sei reconhecer, que a simplicidade deste argumento, não é argumento científico de peso, é apenas um simples dado, sem importância, muito embora os grandes edifícios sejam construídos com simples tijolos sem importância.


Importante é a convicção de saber, que o processo de aperfeiçoamento da nossa condição de filhos de Deus é neste renovar continuo de experiências de vida, alicerçado no que há dias foi aqui referido, nas considerações do prof.Herculano Pires aqui citadas, sobre a consciência de cada um de nós ser o juiz de si próprio.


É essa a determinante quanto a mim, da reencarnação, da inevitabilidade do regresso à carne, para uma nova aprendizagem, um novo percurso eventualmente redentor do passado.


Como será então esse novo caminho ? Como deverá ser então essa nova existência ?


Parece lógico interpretar, que se eu espírito desencarnado, tomar consciência, das minhas falhas, dos erros que cometi, enquanto vida humana e sendo certo que a convicção de emenda é absoluta, só no terreno duma nova existência a remissão é possível concretizar.


Naturalmente que no percurso da nova vida, há aspectos, há factos que não podem deixar de acontecer.
Para determinadas situações existirem e no quadro em que eu possa redimir os meus erros, tem forçosamente alguns factos de acontecer, independentemente da minha vontade, são as situações que referimos habitualmente como kármicas.

Pode ser demasiado exagerada a afirmação de que nada acontece por acaso na vida das pessoas. porém atrevo-me a emendar afirmando

que nada do que é
importante acontece por acaso na vida das pessoas.

Importante para quê ?E para quem ?

Singelamente respondo para o desígnio que trás cada um de nós a cada nova vida

1 comment:

Anonymous said...

Custou-me acreditar nisto, por medo.

sinceramente, tenho um medo terrível de cá voltar.

só pensar que tenho outra vez de passar pela infância, fico toda arrepiada.
mas pior é pensar, no azar (eu sei que não será azar) de nascer num sítio ainda pior.