13/08/2007

Um convite irresistível

Quando o meu velho e "secular" amigo LMB, me enviou um mail a convidar-me para colaborar neste blog, não fiquei surpreendido.

Há séculos que nos conhecemos, essa certeza nós temos há muito tempo.

Naturalmente que os nossos bilhetes de identidade, indicam que nascemos, nesta vida apenas no século XX, mas nós "sabemos", que nos conhecemos de há muito mais tempo.

Penso que a sensação que nos traz esse "saber", acontece a toda a gente.

Quem pode dizer que nunca se sentiu imediatamente atraída por alguém, no instante em que acaba de a conhecer ? Sendo a inversa também verdadeira, um sentimento imediato de repulsa na primeira apresentação, sem qualquer motivo, nem justificação.

Depois os anos de convívio acentuam essas sensações e as conversas mantidas acabam por aprofundar essa empatia, dando origem ao que chamamos simplesmente de amizade.

Convictamente acredito, que isso só pode acontecer, se em algum "lugar", dentro de nós, estiver gravada a impressão negativa ou positiva que essa pessoa, nos deixou, "noutra ocasião qualquer".Como pode ser isso possível se acabámos de nos conhecer ?


Essas são as respostas, que temos procurado encontrar ao longo da vida.

Disse que não me surpreendeu o convite, porque dificilmente isso acontece comigo e neste caso, só posso é perguntar-me a razão de só ter acontecido agora.

Quantas coisas nos acontecem na vida, só porque "pensámos" fazer outra coisa qualquer ?.

Porque fizemos naquele dia, algo que não é habitual, nem nunca havíamos feito antes ? E nesse dia, por acaso, dirão alguns, conhecemos a companhia da nossa vida, ou aconteceu algo que mudou por completo a nossa vida.

As minhas convicções segredam-me que não foi por acaso, tinha que acontecer.Foi a razão porque me não surpreendeu o convite de LMB. Ele "lembrou-se" (ou lembram-lhe ?) que era importante "inaugurar" este espaço na blogosfera.

Por mim, só coloco uma premissa a quem por "acaso", leia este blog, há uma questão fundamental sem a qual não valerá a pena continuar a "desfolhar" as notas que aqui forem sendo publicadas. É preciso acreditar na existência de Deus, pode dar-lhe o nome que quiser, Maóme, Jeová, qualquer nome serve, mas têm que acreditar que existe um Ser divino e criador.

As provas da existência ou da negação do conceito de Deus, não cabem no objectivo destes escritos

Duas notas finais, não pertenço a qualquer Igreja, seita ou Associação, tenho da minha Fé e das minhas crenças, um conceito absolutamente individual de dialogo com Deus, sem intermediários e muito menos, se esse diálogo se fizer à custa de mercenários.

A segunda nota é um pedido , que ninguém tenha medo das palavras, elas são apenas referências, muitas delas têm cargas negativas porque foram utilizadas indevidamente pelos referidos "profissionais"


5 comments:

Anonymous said...

És mesmo uma caixinha de surpresas, meu querido

É uma chatice só se ter a hípótese de chamar os nomes dos vários deuses de todas as potras religiões.
Prefiro apesar de tudo OM. Para mim, evidentemente, não tem cargas tão negativas. É o mais pacifista de todos, o que já não é nada mau.

Mas o espiritismo, se não estou em erro, e é natural que esteja, está muito ligado á religião católica, o que me afasta, quase automaticamente.

Parabéns aos dois, mas se não fosses tu aqui estar, nem tinha parado para comentar.

Despertaste-me, pelo menos a curiosidade, que me desculpe o outro Luis (penso que também o é,não?)

Luís Maia said...

Marta
É sempre bom surpreendermo-nos.

Talvez se aprofundares as razões porque te afastaste da religião católica apostólica romana, possas encontrar outras vias, não estou sequer a dizer que seja a doutrina espírita.

Também eu após os inevitáveis anos da formação católica via mãe. Vieram as "certezas" marxista da juventude e o afastamento, sob a formula (eventualmente a tua) morreu morreu acabou, pó cinza e nada.

Até um dia, em que na minha vida aconteceu algo que me fez parar e pensar, (eis uma das diferenças para o catolicismo )um dia explico isto.

O meu secular amigo, realmente chama-se Luís e também é Maia, só que por" acaso", nem sequer somos primos.

Estou a preparar uma entrada onde tento justificar a reencarnação, sem a qual Deus não seria justo, que em si mesmo é uma contradição

Que a tua curiosidade seja a mãe de todas as pesquisas.
Luis Maia

Anonymous said...

Meu querido

Não podes levar a sério tudo o que lês em comentários.

Sempre que falo em fé e deus, estou-me sempre e só, a referir ao catolicismo.

Pensaste, que eu, alguma vez não teria procurado e desesperado.

Tenho as minhas convicções, mas são minhas.

Anonymous said...

O meu afastamento não teve nada a ver com as certezas marxistas, que aliás nunca perfilhei.

Nan, nan. Teve só a ver com a injustiça e a estupidez da igreja católica. Claro que não fiquei quietinha.

nem nunca fui de me ficar. E a saída do catolicismo foi extremamente dolorosa, porque não foi uma coisita que me passou pela cabeça. Sou bem mais honesta, pelo menos comigo própria, do que isso.
Daí o "pó" que lhes tenho.

Luís Maia said...

Faço então bem em não pertencer a nenhuma igreja e tal como tu tenho as minhas convicções.

Não me parece que coincidam sequer com os dogmas da "Santa Madre Igreja", da Fé idiota e seguidista sem pensar.

Acreditar sem mais nada, nem questionando, para não ser incómodo.

Por outro lado também penso que não devemos ter atitude cómoda de pensar que um dia Deus nos vai revelar todos os seus mistérios, temos a obrigação de O procurar.