16/01/2022

(memórias do menino lisboeta de volta a terra natal )(21)

(memórias do menino lisboeta de volta a terra natal )(21) Coimbra realmente tem muito encanto, um bocadinho menos porém, quando representou voltar a afastar-me do carinho dos pais. A questão estaría relaccionada com o agravamento (penso eu ), das condições financeiras deles Realmente nunca perguntei a razão porque não tentaram refazer a vida, em Lisboa, que era a terra de ambos, e insistiam em permanecer em Coimbra, numa terra que não era a deles , longe da família e dos amigos,sendo que em Lisboa , poderiam ter eventuaalmente mais oportunidades. O meu pai , mau grado a ficha negra que teria na PIDE, pelo caso do dinamite emprestado, tinha o curso comercial, e exceptuando a função pública poderia arranjar um emprego compatível. De qualquer forma não vejo hoje que vantagens poderíam ter em permanecerem em Coimbra. Nunca lhe perguntei quais seriam essa razões, o que para mim é nítido é que queriam acima de tudo afastar-me dessa vida incerta Eu precisava de frequentar a 3ªclasse e por certo com muita agustia por nova separaç-ão, lá me enviaram para casa da irmã mais nova da minha mãe a tia Manuela e o tio Sabino, que não tinham filhos e que , me consideraram sempre como tal. Claro que não me lembrava, mas afinal regressava à minha primeira casa, para onde tinha ido depois de parido na maternidade Alfredo da Costa A casa ja não existe, nem sequer o bairro, aterrado quando fizeram obras de requalificação do Martim Moniz , deitando abaixo a Igreja do Socorro e as adjacentes rua do Socorro e a Rua dos Canos. A terceira escola da minha curta vida estudantil, foi a escola primária na Praça da Figueira, julgo que era a nº78 e tinha a particularidade de ficar no primeiro andar duma loja de bonecas (continua )

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